Me vem a cabeça falar um
pouco de algumas situações que eu vejo por aí e que nunca tive um bom lugar pra
comentar. Todas envolvem de uma forma ou de outra a maternidade:
- Mães adolescentes: bom,
imagino o tamanho do desafio que é para uma mãe adolescente (normalmente sem
condições) criar um filho. Pior que isso é ser recriminada quando anda pela
rua, com frases do tipo “que irresponsável, tão nova e já é mãe”. Não
precisamos saber o real motivo de ela ter engravidado, as condições sociais e
educacionais inerentes e outros assuntos que cabem a ela. Cabe a nós, sim, dar
apoio, perguntar se precisa de algo, buscar alguma forma de ajudar (que seja o
famoso “chá de fraldas” ou a doação de roupa infantil). E, caso não estejamos
dispostos a fazer isso, que permaneçamos calados, pois a tal futura mãe já tem
problemas demais pra resolver. Quer falar algo? Que seja proveitoso. Bons
conselhos são bem vindos. Lições, acredite, a vida já está dando alguma que
você vai demorar duas vidas pra aprender.
- Mães solteiras: cabe o
mesmo exemplo citado anteriormente, com um agravante chamado preconceito. “Porque
o pai solteiro é um herói, cuidou da criança sozinho, é vangloriado pela sociedade,
enquanto a mãe solteira provavelmente engravidou pra segurar o namorado, que
agora sumiu e deixou ela com esse pequeno fardo pra cuidar. Tolinha”. Quando se
usa este pensamento durante o dia é mais difícil notar a carga de preconceito
inserida nele. Quando se lê a respeito, esta carga parece ficar mais pesada. E
a intenção é esta: mostrar que o preconceito tem um peso grande, que nenhuma
pessoa precisa carregar.
- Mães divorciadas: já
enfrentaram o desafio de criar os filhos, dar boa educação, ensinar o que é
certo e o que é errado e encaminhá-los para seguir a vida deles com as próprias
pernas. Até que apareça outro homem na vida dela. Nesta hora muitos filhos se
voltam contra a decisão da mãe, oferecendo resistência em aceitar o novo
companheiro, comparando-o ao pai biológico, tornando a vida do casal mais
dificil. Com isso só assumem uma posição de prepotência e insegurança; acham que
ela não tem vida própria, não tem seus planos, seus objetivos pro futuro.
Querido filho, deixa sua mãe viver a vida dela e dê um jeito de evoluir na sua.
Ela já cuidou demais de você, já te encaminhou, te deu toda a base que
precisava. Deixe ela cuidar da vida dela um pouco. Sensato, não?
Polêmicas e opiniões a
parte, eu queria dedicar um feliz Dia das Mães para todas as mães que me lêem
neste momento. Acredito que tudo de bom que conseguimos manter no nosso caráter
e na nossa índole vem do que é ensinado em casa, diariamente, e normalmente a
mãe é a principal responsável por esta tarefa. E que os filhos de hoje em dia
busquem a harmonia e o respeito com as suas mães, pois acredito que este é o
grande caminho para um futuro promissor. Independente da carreira que escolher,
aqueles velhos ensinamentos do tipo “cumprimente ele”, “peça desculpas”,
“devolve, isto não é seu” ou “agradeça a aquele senhor” irão fazer diferença
por toda a sua vida. E, obviamente, vai ser a mamãe que vai te ensinar isso
tudo.
Música pra elas? Bom, vou
deixar essa aqui:
Elis Regina - Como Nossos Pais
Dedicaria também "Tears in Heaven" do Eric Clapton (que é de um pai, na verdade, mas que é muito boa)(e minha mãe gosta bastante)!
Saúde e paz!
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