Taxi me traz a mente cenas nostálgicas, do tempo que
minha mãe se separou do meu pai e começou, após uns dois anos, a namorar um
taxista. Neste taxi eu aprendi a dirigir. E este tal namorado está com ela até
hoje. E de lá pra cá se passaram mais de 17 anos. Hoje em dia eu tenho meu
carro, ele não é mais taxista e as coisas mudaram bastante.
Por ter carro desde os 18 anos, raramente pego taxi.
Basicamente porque acho caro. Imagino aonde eu iria com aqueles 30 reais que eu
gastei no taxi se eu colocasse a mesma quantia de gasolina no meu carro. Sempre
penso isso. “A corrida deu 30 reais, o que daria pra comprar uns 11 litros de
gasolina... Andei 20 quilômetros. Meu carro anda 9 quilômetros por litro! Poxa,
que corrida cara!”. Sim, eu esqueço que o cara tem família pra sustentar,
que precisa cuidar da manutenção do carro, pagar IPVA, sindicato. Sim, eu me
esqueço. Taxistas que estiverem lendo este texto, minhas sinceras desculpas.
Há a possibilidade de eu pegar taxi quando estiver com
pessoas pra dividirem a corrida. Ou se estiver MUITO atrasado pra algo. E só.
Algo que me recordo: todos os taxistas gostavam (ou
ainda gostam) da rádio Antena 1. Provavelmente aquelas músicas internacionais
levemente melosas os acalmavam no trânsito. Eu não sou muito fã e acredito que
minha trilha seria outra.
Pra ouvir no táxi? Nunca precisei pedir pro taxista
trocar de música. Costumo prestar atenção no trânsito, nas pessoas, naquelas
coisas que eu não consigo ver quando estou dirigindo. Chega a ser um momento de
reflexão. Pra refletir eu sempre vou nos sons do Jamiroquai e acho algo bom. Já me imagino vendo o movimento nas ruas, o transitar das pessoas e a confusão do dia a dia pela janela do carro enquanto escuto esse som.
Jamiroquai - Everyday
Saúde e paz.
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